O estresse emocional pode causar problemas musculares no pescoço?

O estresse emocional pode aumentar o tônus dos músculos do pescoço devido à ativação do sistema nervoso autônomo, especificamente a resposta simpática. Como resultado, ocorre um aumento da liberação de cortisol e adrenalina, levando a alterações no tônus muscular.

Mecanismos fisiológicos

  1. Aumento do tônus muscular reflexo: o estresse ativa os fusos musculares, estruturas responsáveis pela regulação do comprimento do próprio músculo. Isso pode gerar hipertonicidade, especialmente em regiões vulneráveis, como o pescoço e os ombros.
  2. Postura protetora: sob estresse, muitas pessoas tendem a adotar posturas defensivas, como elevar os ombros ou tensionar o pescoço, contribuindo para a sobrecarga muscular.
  3. Sensibilização central: o estresse crônico pode amplificar a percepção de dor por meio de mecanismos nervosos centrais, tornando os músculos mais suscetíveis à fadiga e a rigidez.

Tratamento

Em primeira instância, o tratamento com terapia manual, como várias técnicas utilizadas na Osteopatia, pode reduzir o tônus muscular, reduzir o quadro de dor, melhorar a mobilidade do pescoço e melhorar as suas funções, e geral. E por que “em primeira instância”? Porque pode ser considerado um trabalho emergencial.

Técnicas de mobilização, manipulação, deslizamentos, pressão sob os pontos de dor, dentre outras, são comumente utilizadas no consultório com os clientes que apresentam esse tipo de situação. Por vezes é possível reduzir quase que completamente o nível de dor, lembrando que cada caso é um caso, com suas particularidades. É preciso investigar se não há outros fatores que podem estar interferindo nisso. O mais comum é haver redução da dor e da tensão dos músculos na primeira consulta, mas com necessidade de se realizar outras intervenções para complementar o tratamento.

Outras terapias são indicadas, conforme a condição: psicoterapia, técnicas de relaxamento, massagens terapêuticas, Yoga, exercícios físicos, meditação… vale destacar que cada tipo de tratamento ou estímulo complementa o que outro não consegue abordar. O estresse emocional, conforme o termo diz, precisa de atenção quanto aos gatilhos emocionais que podem desencadear as alterações físicas, musculoesqueléticas. Se isso não for levado em consideração, o tratamento físico será constante, diante das recidivas.

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